Gosto de pensar que nada do que aconteceu foi um simples acaso.
Não foi por acaso
que entraste na minha vida nem foi por acaso que me apaixonei sem
explicação alguma. Aconteceu. Tinha de acontecer. Como sempre, mais uma
desilusão, mais um amor platónico. A novidade é que não foi como os
outros e continua a não ser, é diferente, contigo é diferente e isso é
bom. É bom quando nos rimos sem parar, é bom quando estamos juntos, ás
vezes até sem dizer nada e até é bom quando me provocas. Sabes
exactamente como me irritar, isso é bom.
Agora pergunto-me o
que se passa nessa tua cabeça. Posso não saber ao certo o que sentes,
mas sei que de alguma forma parte deste amor é correspondido. Sei que de
alguma forma faz-te tão bem a ti como a mim. Porquê isto agora? Sem
mais nem menos foste embora, sem uma explicação sequer. Não valho sequer
isso? Não valho sequer uma explicação? Aposto que tens amigas novas,
quando elas aparecem mudas por completo. É esse o teu erro. Não podias
ser perfeito.
Pergunto se elas
irão estar lá quando precisares, se elas te olham da maneira que eu
olho, ou se elas te conhecem como eu conheço. Não! A resposta é não.
Elas não vão lá estar para te apoiar, elas nem te conhecem como eu como
poderiam até olhar para ti como eu olho?!
É nestes momentos
que quero desistir de ti, de nós, mas como poderei eu cometer tal erro?
Foste o meu porto de abrigo nos últimos tempos apesar tudo e poderei ser
uma estúpida ao voltar a correr para os teus braços quando precisares,
mas sei que no fundo és só alguém que está assustado com o rumo que a
sua vida está a tomar.
Gosto de pensar que
foste o melhor acaso da minha vida, afinal foi mesmo um acaso tudo o
que aconteceu. De ti só espero que penses o mesmo em relação a mim.