terça-feira, outubro 27, 2015

De ti só espero que penses o mesmo em relação a mim.

Gosto de pensar que nada do que aconteceu foi um simples acaso.
Não foi por acaso que entraste na minha vida  nem foi por acaso que me apaixonei sem explicação alguma. Aconteceu. Tinha de acontecer. Como sempre, mais uma desilusão, mais um amor platónico. A novidade é que não foi como os outros e continua a não ser, é diferente, contigo é diferente e isso é bom. É bom quando nos rimos sem parar, é bom quando estamos juntos, ás vezes até sem dizer nada e até é bom quando me provocas. Sabes exactamente como me irritar, isso é bom.
Agora pergunto-me o que se passa nessa tua cabeça. Posso não saber ao certo o que sentes, mas sei que de alguma forma parte deste amor é correspondido. Sei que de alguma forma faz-te tão bem a ti como a mim. Porquê isto agora? Sem mais nem menos foste embora, sem uma explicação sequer. Não valho sequer isso? Não valho sequer uma explicação? Aposto que tens amigas novas, quando elas aparecem mudas por completo. É esse o teu erro. Não podias ser perfeito. 
Pergunto se elas irão estar lá quando precisares, se elas te olham da maneira que eu olho, ou se elas te conhecem como eu conheço. Não! A resposta é não. Elas não vão lá estar para te apoiar, elas nem te conhecem como eu como poderiam até olhar para ti como eu olho?! 
É nestes momentos que quero desistir de ti, de nós, mas como poderei eu cometer tal erro? Foste o meu porto de abrigo nos últimos tempos apesar tudo e poderei ser uma estúpida ao voltar a correr para os teus braços quando precisares, mas sei que no fundo és só alguém que está assustado com o rumo que a sua vida está a tomar. 
Gosto de pensar que foste o melhor acaso da minha vida, afinal foi mesmo um acaso tudo o que aconteceu. De ti só espero que penses o mesmo em relação a mim.

segunda-feira, outubro 12, 2015

É preciso ter asas quando se ama o abismo.

Ainda hoje caí em mim e por alguma razão, por alguma estúpida razão, pensei em ti.
Sabes há quanto tempo não o fazia? Para alguns poderá não ser muito tempo, mas para mim... é uma eternidade. E, pelos vistos a eternidade também termina. 
De um momento para o outro dei por a mim a olhar para o nada, sabes quando olhas para algo tão fixamente, mas não estás propriamente a ver? Acho que foi mais ou menos o sucedido. O mais estranho,e tenho de admitir um tanto embaraçoso, é que nesse nada via o teu sorriso e juntamente com ele conseguia sentir o teu cheiro. Ah, aquele teu cheiro... tão forte e ao mesmo tempo tão doce, ainda hoje esse teu perfume persegue-me.
Como era de esperar, esta breve memória não ficou por aqui, por mais que tentasse, e acredita que tentei com toda a força, estavas novamente desperto em mim. A minha mente deu-te novamente as boas-vindas e o meu coração gritou o teu nome aos quatro ventos.
Ainda assim odeio-te por tudo, especialmente pela tua última decisão, ou era o grande amor da tua vida ou era aprender a amar novamente. No entanto, e ainda tento perceber como, amo-te e amo-te por nada, afinal, aceitamos o amor que achamos que merecemos. E aí está, serei digna de algo mais que amar-te? Ás vezes pareces um abismo, e é preciso ter asas quando se ama o abismo.
Contigo comecei a acreditar no amor novamente, mas aí abri os olhos. O inferno é aqui, e não existe amor no inferno!

domingo, outubro 11, 2015

Que estranha forma de amar tem o meu diabo.

Até um ponto da vida pensei que tudo fosse fácil e que a vida fosse ser um encanto e a partir de um ponto da vida, por ironia, vivo um Inferno.
Sou uma alma condenada desde o meu primeiro choro, uma escrava desde que pela primeira vez olhei o mundo.
Vivo presa numa casa de família e em liberdade no meu pequeno mundo, nos meus pensamentos.
De um modo estranho, penso que esta vida não era para ser minha, mas de um outro alguém que de algum modo conseguisse enfrentar o Diabo com mais audácia.
Não basta ser forte, afinal para que serve ser forte? Erguer a cabeça e enfrentar o mundo como ele é não me irá por à frente das grades, pelo contrário, de todas as maneiras estarei sempre atrás delas.
As grades da minha cela são feitas de palavras atiradas à cara, de julgamentos e de comparações. Anormalidades sempre me fascinaram, mas não este tipo de anormalidades.
No Inferno que vivo e no qual nasci trato o Diabo com respeito e como recompensa, a cada dia que passa, ele tira-me uma gota de liberdade. E eu como alma condenada, quero a minha redenção e para tal conseguir, amo o meu Diabo incondicionalmente. Sei que esse amor é recíproco, só é demonstrado de uma maneira mais cruel.
Que estranha forma de amar tem o meu Diabo.

sábado, outubro 10, 2015

Amo-te

Porque não te despediste? Simplesmente foste embora, sem um adeus ou explicação.
Nem A nem B, nem sim nem talvez.. Chegaste e escreveste a história mais bonita do meu livro e por alguma razão, e gosto de pensar que é uma razão muito forte, obrigaste-me a rasgar essa parte do livro.
Estava viva, mas não tão viva até teres chegado. Quiseste-me de corpo e alma e eu neguei com toda a calma que havia em mim. Aí eu desejei-te com garra e tu olhavas para o lado, como se do outro lado alguém te sussurrasse ao ouvido.
No fundo eras meu e eu era tua, mas nunca éramos um do outro. Olhavas para elas e elas enchiam-te de fantasias, o mundo era teu e dele fazias o que querias, era a tua marionete e com ela fartaste-te de brincar.
Depois aparecias e já não eras bem-vindo no meu livro, aparecias e despertavas em mim o que restava de ti. Agora viro a esquina e lá estás tu de olhar fixo em mim, e ela do teu lado, serva do Diabo a sussurrar-te ao ouvido, com canto de sereia leva-te ás profundezas. Não voltes. Não voltes, porque já não estarei de braços abertos.
Nunca te disse antes, de qualquer maneira entendias sem de mim ouvires uma palavra, Amo-te.

Perdoo-te

Sei que queres que te diga que tudo está bem. E está, mas só quando acaba bem lembras-te?
O problema disto tudo é mesmo esse, não acaba. Sempre virá outra coisa, sempre terá mais algo. Primeiro foi um amor e depois um desamor. De seguida, uma saída sem importância e depois uma distância obrigatória. Depois veio mais gente, mais amigos.... e agora? Virá mais um amor? Ou nem por isso? Será apenas preciso mais uma amizade especial? 
Acho que sim... e o medo percorre o meu corpo de tal maneira que quase já nem me movimento. Prometeste, e prometeste muito e então? Onde estás quando preciso? 
Um beijo ou um abraço, um encorajamento ou um simples silêncio, quem se importa? Queria-te apenas como um ombro para chorar, parceiro para a vida! Então e as tão esperadas saídas? E as brincadeiras... Promessas por cumprir, palavras insensatas serão dignas de merecimento? 
 'Amigo por acaso, irmão por escolha' lembras-te? O pior de tudo? O medo de poder ser substituída já nem é um medo.
Perdoo-te e nem sei como.

Quase-amor

Quase-amor,
Quase-encanto,
Quase-tu,
Quase-eu.

Dois corpos inseparáveis
duas mentes perturbadas
dois lábios proibidos.

Primeiro encanto
Depois desencanto
Distância necessária
Ah! A quanto o amor obriga.

Quase-amor,
Quase-encanto,
Quiseste-me por amor, e
No entanto, cantava-te o ódio

Sussurrava-te a razão
de que era Quase-eu.
Quase-eu ou Quase-tu

Juntos éramos parte um do outro
Separados éramos ainda mais completos.
Éramos um do outro,
Mas nunca ao mesmo tempo.

Agora que somos Quase-nós,
escrevo para um fantasma.
Quantas cartas serão precisas para perceberes
que contigo eu transbordo?